sábado, janeiro 11, 2014

A Bíblia em um ano - Gênesis 27-28 / Mateus 8:18-34 - 11/01/14


A Bíblia em um ano: 




Gênesis 27-28 
Capítulo 27 
 1 Tendo Isaque envelhecido, seus olhos ficaram tão fracos que ele já não podia enxergar. Certo dia chamou Esaú, seu filho mais velho, e lhe disse: “Meu filho!” Ele respondeu: “Estou aqui”.
 2 Disse-lhe Isaque: Já estou velho e não sei o dia da minha morte.
 3 Pegue agora suas armas, o arco e a aljava, e vá ao campo caçar alguma coisa para mim.
 4 Prepare-me aquela comida saborosa que tanto aprecio e traga-me, para que eu a coma e o abençoe antes de morrer.
 5 Ora, Rebeca estava ouvindo o que Isaque dizia a seu filho Esaú. Quando Esaú saiu ao campo para caçar,
 6 Rebeca disse a seu filho Jacó: Ouvi seu pai dizer a seu irmão Esaú:
 7 “Traga-me alguma caça e prepare-me aquela comida saborosa, para que eu a coma e o abençoe na presença do Senhor antes de morrer”.
 8 Agora, meu filho, ouça bem e faça o que lhe ordeno:
 9 Vá ao rebanho e traga-me dois cabritos escolhidos, para que eu prepare uma comida saborosa para seu pai, como ele aprecia.
 10 Leve-a então a seu pai, para que ele a coma e o abençoe antes de morrer.
 11 Disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Mas o meu irmão Esaú é homem peludo, e eu tenho a pele lisa.
 12 E se meu pai me apalpar? Vai parecer que estou tentando enganá-lo, fazendo-o de tolo e, em vez de bênção, trarei sobre mim maldição.
 13 Disse-lhe sua mãe: “Caia sobre mim a maldição, meu filho. Faça apenas o que eu digo: Vá e traga-os para mim”.
 14 Então ele foi, apanhou-os e os trouxe à sua mãe, que preparou uma comida saborosa, como seu pai apreciava.
 15 Rebeca pegou as melhores roupas de Esaú, seu filho mais velho, roupas que tinha em casa, e colocou-as em Jacó, seu filho mais novo.
 16 Depois cobriu-lhe as mãos e a parte lisa do pescoço com as peles dos cabri­tos,
 17 e por fim entregou a Jacó a refeição saborosa e o pão que tinha feito.
 18 Ele se dirigiu ao pai e disse: “Meu pai”. Respondeu ele: “Sim, meu filho. Quem é você?”
 19 Jacó disse a seu pai: “Sou Esaú, seu filho mais velho. Fiz como o senhor me disse. Agora, assente-se e coma do que cacei para que me abençoe”.
 20 Isaque perguntou ao filho: “Como encontrou a caça tão depressa, meu filho?” Ele respondeu: “O Senhor, o seu Deus, a colocou no meu caminho”.
 21 Então Isaque disse a Jacó: “Chegue mais perto, meu filho, para que eu possa apalpá-lo e saber se você é realmente meu filho Esaú”.
 22 Jacó aproximou-se do seu pai Isaque, que o apalpou e disse: “A voz é de Jacó, mas os braços são de Esaú”.
 23 Não o reconheceu, pois seus braços estavam peludos como os de Esaú, seu irmão; e o abençoou.
 24 Isaque perguntou-lhe outra vez: “Você é mesmo meu filho Esaú?” E ele respondeu: “Sou”.
 25 Então lhe disse: “Meu filho, traga-me da sua caça para que eu coma e o abençoe”. Jacó a trouxe, e seu pai comeu; também trouxe vinho, e ele bebeu.
 26 Então seu pai Isaque lhe dis­se: “Venha cá, meu filho, dê-me um bei­jo”.
 27 Ele se aproximou e o beijou. Quando sentiu o cheiro de suas roupas, Isaque o abençoou, dizendo: Ah, o cheiro de meu filho é como o cheiro de um campo que o Senhor abençoou.
 28 Que Deus lhe conceda do céu o orvalho e da terra a riqueza, com muito cereal e muito vinho.
 29 Que as nações o sirvam e os povos se curvem diante de você. Seja senhor dos seus irmãos, e curvem-se diante de você os filhos de sua mãe. Malditos sejam os que o amaldiçoarem e benditos sejamos que o abençoarem.
 30 Quando Isaque acabou de abençoar Jacó, mal tendo ele saído da presença do pai, seu irmão Esaú chegou da caçada.
31 Ele também preparou uma comida saborosa e a trouxe a seu pai. E lhe disse: “Meu pai, levante-se e coma da minha caça, para que o senhor me dê sua bênção”.
 32 Perguntou-lhe seu pai Isaque: “Quem é você?” Ele respondeu: “Sou Esaú, seu filho mais velho”.
 33 Profundamente abalado, Isaque começou a tremer muito e disse: “Quem então apanhou a caça e a trouxe para mim? Acabei de comê-la antes de você entrar e a ele abençoei; e abençoado ele será!”
 34 Quando Esaú ouviu as palavras de seu pai, deu um forte grito e, cheio de amargura, implorou ao pai: “Abençoe também a mim, meu pai!”
 35 Mas ele respondeu: “Seu irmão chegou astutamente e recebeu a bênção que pertencia a você”.
 36 E disse Esaú: “Não é com razão que o seu nome é Jacó? Já é a segunda vez que ele me engana! Primeiro tomou o meu direito de filho mais velho, e agora recebeu a minha bênção!” Então perguntou ao pai: “O senhor não reservou nenhuma bênção para mim?”
 37 Isaque respondeu a Esaú: “Eu o constituí senhor sobre você, e a todos os seus parentes tornei servos dele; a ele supri de cereal e de vinho. Que é que eu poderia fazer por você, meu filho?”
 38 Esaú pediu ao pai: “Meu pai, o senhor tem apenas uma bênção? Abençoe-me também, meu pai!” Então chorou Esaú em alta voz.
 39 Seu pai Isaque respondeu-lhe: Sua habitação será longe das terras férteis, distante do orvalho que desce do alto céu.
 40 Você viverá por sua espada e servirá a seu irmão. Mas quando você não suportar mais, arrancará do pescoço o jugo.
 41 Esaú guardou rancor contra Jacó por causa da bênção que seu pai lhe dera. E disse a si mesmo: “Os dias de luto pela morte de meu pai estão próximos; então matarei meu irmão Jacó”.
 42 Quando contaram a Rebeca o que seu filho Esaú dissera, ela mandou chamar Jacó, seu filho mais novo, e lhe disse: Esaú está se consolando com a idéia de matá-lo.
 43 Ouça, pois, o que lhe digo, meu filho: Fuja imediatamente para a casa de meu irmão Labão, em Harã.
 44 Fique com ele algum tempo, até que passe o furor de seu irmão.
 45 Quando seu irmão não estiver mais irado contra você e esquecer o que você lhe fez, mandarei buscá-lo. Por que perderia eu vocês dois num só dia?
 46 Então Rebeca disse a Isaque: “Estou desgostosa da vida, por causa destas mulheres hititas. Se Jacó escolher esposa entre as mulheres desta terra, entre mulheres hititas como estas, perderei a razão de viver”.

Capítulo 28 
 1 Então Isaque chamou Jacó, deu-lhe sua bênção[92] e lhe ordenou: Não se case com mulher cananéia. 
[92] Ou saudou-o
 2 Vá a Padã-Arã, à casa de Betuel, seu avô materno, e case-se com uma das filhas de Labão, irmão de sua mãe.
 3 Que o Deus todo-poderoso[93] o abençoe, faça-o prolífero e multiplique os seus descendentes, para que você se torne uma comunidade de povos. 
[93] Hebraico: El-Shaddai.
 4 Que ele dê a você e a seus descendentes a bênção de Abraão, para que você tome posse da terra na qual vive como estrangeiro, a terra dada por Deus a Abraão.
 5 Então Isaque despediu Jacó e este foi a Padã-Arã, a Labão, filho do arameu Betuel, irmão de Rebeca, mãe de Jacó e Esaú.
 6 Esaú viu que Isaque havia abençoado a Jacó e o havia mandado a Padã-Arã para escolher ali uma mulher e que, ao abençoá-lo, dera-lhe a ordem de não se casar com mulher cananéia.
 7 Também soube que Jacó obedecera a seu pai e a sua mãe e fora para Padã-Arã.
 8 Percebendo então Esaú que seu pai Isaque não aprovava as mulheres cananéias,
 9 foi à casa de Ismael e tomou a Maalate, irmã de Nebaiote, filha de Ismael, filho de Abraão, além das outras mulheres que já tinha.
 10 Jacó partiu de Berseba e foi para Harã.
 11 Chegando a determinado lugar, parou para pernoitar, porque o sol já se havia posto. Tomando uma das pedras dali, usou-a como travesseiro e deitou-se.
 12 E teve um sonho no qual viu uma escada apoiada na terra; o seu topo alcançava os céus, e os anjos de Deus subiam e desciam por ela.
 13 Ao lado dele[94] estava o Senhor, que lhe disse: Eu sou o Senhor, o Deus de seu pai Abraão e o Deus de Isaque. Darei a você e a seus descendentes a terra na qual você está deitado. 
[94] Ou Acima dela
 14 Seus descendentes serão como o pó da terra, e se espalharão para o Oeste e para o Leste, para o Norte e para o Sul. Todos os povos da terra serão abençoados por meio de você e da sua descendência.
 15 Estou com você e cuidarei de você, aonde quer que vá; e eu o trarei de volta a esta terra. Não o deixarei enquanto não fizer o que lhe prometi.
 16 Quando Jacó acordou do sono, disse: “Sem dúvida o Senhor está neste lugar, mas eu não sabia!”
 17 Teve medo e disse: “Temível é este lugar! Não é outro, senão a casa de Deus; esta é a porta dos céus”.
 18 Na manhã seguinte, Jacó pegou a pedra que tinha usado como travesseiro, colocou-a em pé como coluna e derramou óleo sobre o seu topo.
 19 E deu o nome de Betel[95] àquele lugar, embora a cidade anteriormente se chamasse Luz. 
[95] Betel significa casa de Deus.
 20 Então Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta viagem que estou fazendo, prover-me de comida e roupa,
 21 e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus.
 22 E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário[96] de Deus; e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo. 
[96] Hebraico: será a casa.

Mateus 8:18-34

Capítulo 8 
 18 Quando Jesus viu a multidão ao seu redor, deu ordens para que atravessassem para o outro lado do mar.
 19 Então, um mestre da lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei por onde quer que fores”.
 20 Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”.
 21 Outro discípulo lhe disse: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”.
 22 Mas Jesus lhe disse: “Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos”.
 23 Entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
 24 De repente, uma violenta tempestade abateu-se sobre o mar, de forma que as ondas inundavam o barco. Jesus, porém, dormia.
 25 Os discípulos foram acordá-lo, clamando: “Senhor, salva-nos! Vamos morrer!”
 26 Ele perguntou: “Por que vocês estão com tanto medo, homens de pequena fé?” Então ele se levantou e repreendeu os ventos e o mar, e fez-se completa bonança.
 27 Os homens ficaram perplexos e perguntaram: “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?”
 28 Quando ele chegou ao outro lado, à região dos gadarenos[42], foram ao seu encontro dois endemoninhados, que vinham dos sepulcros. Eles eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. 
[42] Alguns manuscritos trazem gergesenos; outros dizem gerasenos.
 29 Então eles gritaram: “Que queres conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do devido tempo?”
 30 A certa distância deles estava pastando uma grande manada de porcos.
31 Os demônios imploravam a Jesus: “Se nos expulsas, manda-nos entrar naquela manada de porcos”.
 32 Ele lhes disse: “Vão!” Eles saíram e entraram nos porcos, e toda a manada atirou-se precipício abaixo, em direção ao mar, e morreu afogada.
 33 Os que cuidavam dos porcos fugiram, foram à cidade e contaram tudo, inclusive o que acontecera aos endemoninhados.
 34 Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus, e, quando o viram, suplicaram-lhe que saísse do território deles.

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